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sábado, 11 de julho de 2009

Senado cria comissão de funcionários efetivos para gerir contratos com terceirizados

Uma comissão formada por nove funcionários efetivos do Senado vai administrar os contratos de terceirização de serviços firmados entre a Casa Legislativa e três empresas que envolvem 1.500 funcionários terceirizados. A decisão, tomada na última terça-feira (7), foi informada nesta sexta-feira pelo diretor-geral adjunto, Luciano de Souza Gomes.
A Comissão Permanente de Gestão de Contratos vai responder pelos contratos do Senado com as empresas Plansul, Aval e Adservis.
Segundo Gomes, até então cada um desses contratos era gerido por uma única pessoa. Agora, a expectativa é de que a gestão desses contratos corrija mais facilmente eventuais desvios funcionais.
Ainda segundo o diretor-geral ajunto, os contratos "mais problemáticos" tiveram sua gestão transferida para essa comissão permanente. A ideia é que no futuro o Senado tenha um órgão único que cuidará de todos os contratos da Casa.
O Senado também passará a definir o serviço a ser executado e critérios técnicos. A partir de então, a empresa contratada decidirá quantos funcionários serão necessários para cumprir as exigências do Senado. Atualmente, essa quantidade é estipulada em contrato.
Irregularidades
Segundo o blog do Josias, técnicos do Senado constataram sobrepreço de pelo menos 30% dos contratos da Casa. Dos R$ 155 milhões por ano desembolsados para empregar 3.516 servidores terceirizados, não foram encontradas justificativas para pelo menos R$ 46 milhões. Em três meses, a auditoria fechou a análise de 19 dos 34 contratos.
De acordo com o blog, o relatório da comissão recomenda rescisão e a realização de novas licitações. A renovação de contratos é um dos vícios apontados pelos auditores constituídos por Heráclito. Empresas que ganharam as licitações para prover mão-de-obra por um ano foram brindadas com prorrogações por até cinco anos.

Quadro da menina que morreu de gripe suína em SP foi atípico, diz secretário

O Estado de São Paulo confirmou ontem a primeira morte em consequência da gripe suína --a segunda no Brasil. A vítima é uma menina de 11 anos de Osasco (Grande São Paulo), que morreu no dia 30 de junho. Outros dois pacientes com o vírus H1N1 estão internados em UTI no Estado.
O quadro apresentado pela menina de 11 anos que morreu após contrair gripe suína foi atípico para um paciente com a doença, segundo o secretário da Saúde do Estado, Luiz Roberto Barradas Barata.
"Ela tinha contraído um pneumococo e morreu de septicemia. Acreditamos que a gripe deve ter reduzido a imunidade dela", afirmou ele.
No outro caso de morte relacionada à gripe suína, o de um caminhoneiro de 29 anos que havia viajado à Argentina e morreu em Passo Fundo (RS), os médicos apontaram que ele teve outras complicações.
De acordo com Celso Granato, infectologista da Unifesp, em mortes de pacientes com gripe, é comum acontecer associação com outras doenças.
"O próprio vírus da gripe pode causar lesões ou então criar condições para que bactérias se desenvolvam, levando, por exemplo, a uma pneumonia."
Segundo o médico, ter outras doenças pode facilitar complicações num quadro de gripe. No caso da menina, a secretaria suspeita que uma hantavirose que ela teve aos dois anos pode ter contribuído para prejudicar o sistema imunológico.
Apesar das diferenças em relação aos casos mais típicos da gripe, o secretário diz que isso não é motivo para alterar os protocolos de atendimento e identificação da doença, que são feitos com base em experiências internacionais e por orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde).
Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que a gripe suína tem o mesmo grau de letalidade da gripe tradicional, de 0,45%. Segundo o ministério, no Brasil esse percentual é ainda menor (0,19%).
Casos graves
O Brasil tem ao menos três casos de pessoas com gripe suína internadas em estado grave: duas do Rio Grande do Sul e uma de Minas Gerais.
Questionado ontem pela Folha sobre a existência de casos graves no Estado de São Paulo, o secretário Barradas Barata afirmou apenas que há dois pacientes com a doença internados em UTIs.
Um dos pacientes graves do Rio Grande do Sul é uma estudante de 14 anos de São Gabriel, internada há três semanas. O infectologista Alexandre Schwarzbold disse que ela já se recuperou da pneumonia adquirida em decorrência da gripe, mas ainda sofre com lesões pulmonares e musculares.
Também no Rio Grande do Sul, um caminhoneiro de Itaqui está internado em estado grave. O Estado ainda investiga se a morte de um caminhoneiro em São Borja tem relação com a doença.
Em Minas Gerais, um homem de 27 anos internado desde o último dia 29 em Belo Horizonte apresenta "quadro respiratório gravíssimo", segundo o Hospital das Clínicas.